Para barrar o fechamento de mais setores do Hospital Carlos Chagas, como o ambulatório e a pediatria, servidores, pacientes, representantes de associações de moradores e conselheiros de saúde fizeram ato público, seguido de abraço simbólico à unidade, nessa segunda-feira (18/7). A diretora do Sindsprev/RJ, Rosimeri Paiva, acusou o governador Cabral Filho de esvaziar aos poucos o hospital de Marechal Hermes, para fechá-lo, depois, como fez com o Hospital de Infectologia São Sebastião, com o Pedro II (repassado ao município) e tenta fazer com o Hospital Central do Iaserj. A alegação do diretor do Carlos Chagas, Paulo Salgado, o mesmo que estava na direção do Pedro II quando a unidade foi fechada, é de que a extinção do ambulatório e de 10 leitos da Pediatria seria para dar lugar a uma UTI Pediátrica. “Não somos contra instalar uma UTI, mas não podemos concordar em acabar com um setor e esvaziar outro que atende a crianças e evita que a doença evolua e tenham que ser levadas para o tratamento intensivo. Isto não tem lógica”, argumentou a dirigente. O fechamento do ambulatório vai significar o fim dos atendimentos nas especialidades de clínica médica, cardiologia, dermatologia, homeopatia, pediatria, cirurgia plástica, cirurgia buco-maxilar, fisioterapia, psicologia e eletrocardiograma. Lembrou que o atual diretor do hospital Carlos Chagas, Paulo Salgado, já extinguiu vários setores, seguindo a política geral do governo do estado nesta e em outras unidades, cujo objetivo é entregar tudo a grupos privados. “Ele já vem privatizando, como fez com a Maternidade Heloneida Studart, entregue a um grupo privado de um amigo seu, o mesmo que também recebeu a maternidade do Rocha Faria. Assim como entregou todos os laboratórios dos hospitais estaduais a empresas privadas”, disse. Defendeu também a instalação de uma CPI para investigar toda esta política e as “relações promíscuas” e se for comprovado crime de responsabilidade, pedir o impeachment do governador. “Se a Alerj não estivesse dominada pela bancada governista teríamos uma CPI para investigar Cabral e sua relação com grupos privados, fato fartamente demonstrado pela imprensa”, disse. Ato Hospital Carlos Chagas
Esvaziamento da unidade faz parte da política de desmonte de toda a saúde pública levada a cabo por Cabral Filho em prejuízo da população Objetivo é ampliar a privatização em benefício de empresas particulares.
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