Uso da força policial por Cabral e demolição serão debatidos, nesta sexta (27/07), no pátio do Iaserj, por entidades da sociedade civil
Nesta sexta-feira (27/07), a
partir das 18 horas, no pátio do Hospital do Iaserj (Cruz Vermelha),
será realizado debate sobre “A importância da saúde pública, o
sucateamento do setor, uso de força policial e a ameaça de demolição do
Iaserj”. Estarão presentes parlamentares, representantes da sociedade
civil, servidores da saúde federal, estadual e municipal e dirigentes de
sindicatos e associações de classe, como Sindsprev/RJ, Sindicato dos
Médicos, Sepe, Sindjustiça e Sindicato dos Fazendários. Um dos objetivos
é reforçar a vigília em defesa do Hospital. Na sexta (27/07) a vigília
completará 57 dias de atividade.
Foram convidados, ainda,
representantes do Ministério Público Federal e Estadual, da Defensoria
Pública da União (DPU), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), da
Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e do Grupo ‘Tortura Nunca Mais’.
O debate está sendo organizado pelo Movimento Unificado dos Servidores
Públicos do Estado (Muspe). O Hospital do Iaserj fica na Rua Henrique
Valadares 107. A unidade está sendo desativada pelo governo Sérgio
Cabral Filho para ser implodida. O objetivo é construir, na área, um
centro de pesquisas oncológicas do Instituto Nacional do Câncer (Inca).
O custo da obra está orçado,
inicialmente, em cerca de R$ 500 milhões. A polícia federal está
investigando a transação. A demolição deixará sem assistência 100 mil
pessoas cadastradas no Hospital do Iaserj, que atende a cerca de 9 mil
pacientes/mês e tem capacidade para 415 leitos.
Força policial e truculência na remoção de pacientes
Outro tema em debate será a retirada
forçada de pacientes internados, inclusive em CTI, na noite de 14 para
15 deste mês, com apoio da Tropa de Choque. Os pacientes foram acordados
e levados para ambulâncias sem que o direito de decidirem sobre seus
destinos fosse preservado. Médicos do Iaserj que os assistiam também não
foram consultados para liberá-los, como exige o Código de Ética Médica.
Equipamentos também foram levados pela secretaria estadual de saúde sem
o cumprimento das normas legais.
Se o projeto do novo Inca for levado a
cabo, o Iaserj será o terceiro hospital a ser desativado pelo governo
Sergio Cabral Filho. O primeiro foi o Hospital Anchieta e, depois, o
Instituto de Infectologia São Sebastião. Com o governo do estado, a
saúde do Rio de Janeiro foi sucateada ao extremo.
(SINDSPREV)
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